A matéria veiculada pelo programa Fantástico destaca um problema crucial, porém pouco discutido no Brasil: o atendimento a alunos "neurodivergentes" no ambiente escolar. O termo "neurodivergente" refere-se a pessoas com um desenvolvimento ou funcionamento neurológico diferente do padrão esperado pela sociedade, enquanto "neurotípico" descreve um indivíduo com neurodesenvolvimento considerado regular (Fonte: Unisinos). Cada aluno apresenta suas particularidades, necessidades e um processo ensino/aprendizagem único.
Contrariando o retrato apresentado pelo Fantástico no último domingo, dia 3 de setembro, na Rede Globo, é evidente que esses alunos, como qualquer outro, não podem ser submetidos a gritos, violência, ou à completa falta de empatia e acolhimento. Essa abordagem é não apenas triste e dolorosa para os pais, mas também prejudica toda a comunidade escolar, que, em sua maioria, busca promover uma educação de qualidade, mesmo diante da ausência de um processo sistêmico de formação para o adequado atendimento a esses alunos.
Urgentemente, os profissionais responsáveis por esses alunos precisam ser capacitados. As crianças, adolescentes e jovens nas escolas públicas necessitam de informações e conteúdos que os auxiliem a compreender os desafios enfrentados por seus colegas, além de desenvolverem habilidades para lidar com situações adversas no ambiente escolar que envolvam esses alunos.
Muitos profissionais, tanto efetivos quanto contratados, enfrentam dificuldades na prática ao lidar com situações excepcionais, carecendo de treinamento, informação e orientação. Essa lacuna persiste na maioria das redes de educação em todo o país. Órgãos de controle, como o Ministério Público e a Defensoria Pública do estado do Tocantins, devem assegurar os direitos dessas crianças e suas famílias.
Ricardo Ribeirinha
Emprendedor Social CEO da Empresa Recriar Vida Consultoria e Gestão
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