Serão realizadas, nos próximos 30 dias, a partir do dia 11 de novembro até o início do mês de dezembro, diversas ações do Programa Escola de Formação em Cuidados Sociais – ESCUDOS, promovidas pelo Instituto Recriar Vidas, em 5 cidades do centro sul do Tocantins, mais precisamente nas cidades de Aliança, Paranã, Jaú do Tocantins, Palmeirópolis e São Salvador. Na extensa programação, estão previstas a realização de mais de 4 seminários, 50 palestras e oficinas temáticas, abordando temas relacionados a prevenção e cuidados no uso de substâncias psicoativas (drogas), aos fatores biopsicossociais que estimulam o consumo tais como ansiedade, depressão, ideação suicida, bullying, violência, dificuldades de convivência, aspectos fisiológicos e psicológicos pós COVID-19, bem como os fatores socioemocionais que podem ser determinantes na prevenção, como autocuidado, autoconhecimento, entre outros.
Diversos profissionais atuarão nas ações, promovendo palestras, oficinas e na aplicação de pesquisa de campo para aferir os resultados antes e depois das ações. A equipe conta com psicólogos, psicopedagogos e professores de diversas áreas, todos especializados, com mestrado e doutorado, que já atuam juntamente ao Instituto desde o ano de 2019. A coordenadora do Programa ESCUDOS, Professora Fátima Brasileiro, afirma que o objetivo da ação é ampliar a rede de atuação em toda região, fortalecendo tecnicamente as equipes de educação, assistência, saúde, sociedade civil e conselheiros tutelares, para lidarem melhor e de forma efetiva com a prevenção ao uso de drogas.
“Temos uma missão coletiva, transversal e multidisciplinar. Enquanto não batermos, em conjunto, e insistentemente na ‘tecla’, de que o caminho para prevenir o problema das drogas é o da informação sobre quais fatores levam ao consumo, não vamos conseguir promover políticas públicas que geram resultados. Além da COVID-19 ter agravado os problemas biopsicossociais, ansiedade e depressão em especial, ela ainda atrasou a execução de diversos projetos extra disciplinares como os de prevenção ao uso de drogas, e isso nos preocupa. É um problema urgente, que nos causa bastante preocupação. O calendário escolar espremido não permitiu que fizéssemos as ações ainda no primeiro semestre. Agora nossa missão é promover estas ações, de forma consistente e integrada, para que sejam inclusas nos Projetos Políticos Pedagógicos de 2024 nestas escolas, e na formação efetiva de redes locais de prevenção. Em nosso longo planejamento, prevemos levar muita formação, informação e interação, de forma leve e didática, focados em efetivamente garantir os resultados do Programa. Estamos preparados e os municípios muito motivados. Serão grandes ações, sem dúvida”, afirmou Fátima Brasileiro.
As ações contam com o apoio das Prefeituras Municipais de Aliança, Paranã, Jaú do Tocantins, Palmeirópolis e São Salvador. Também contam com o apoio do Deputado Federal Eli Borges que destinou recursos para o projeto. O Programa ocorre em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, por intermédio do Departamento de Entidades de Apoio e Acolhimento Atuantes em Álcool e Drogas, Governo do Estado do Tocantins, por meio das Secretarias da Educação e da Cidadania e Justiça, bem como da Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), organismo este vinculado a Organização das Nações Unidas – ONU.
Aliança-TO participa de pesquisa inédita
Na cidade de Aliança do Tocantins, além das palestras e oficinas, está sendo realizada uma pesquisa científica com pesquisadores das áreas de psicologia. A pesquisa, que conta com uma equipe de acadêmicas, mestras e doutoras, tem como foco um levantamento sobre o nível de informação e formação sobre as estratégias de promoção de ações efetivas na prevenção do consumo de drogas, e é focada nas equipes de educação, assistência, saúde e conselheiros tutelares. Após a realização das ações com palestras e oficinas, uma nova etapa avaliativa será realizada para aferir os resultados do Programa com os profissionais. A previsão é de que, os resultados, sejam divulgados por meio de um artigo científico, ainda no primeiro semestre de 2024, servindo de subsídio para elaboração de novas estratégias e políticas de prevenção para o setor público.
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