, dentro de uma boate. O disparo foi dado pelo soldado da Polícia Militar, Adonias Sadda, que continua preso e foi indiciado por homicídio duplamente qualificado.
Ricardo estava preso temporariamente desde o dia 09 de agosto, mas, com a conclusão do inquérito, o ele pode responder por ameaça e lesão corporal com aumento da pena, já que Bruno Calaça acabou morrendo.
Também suspeito do crime, o pecuarista Waldex não foi indiciado pela Polícia Civil ao final do inquérito, por falta de provas.
Ricardo Barbalho aparece nas imagens do estabelecimento levando o soldado da Polícia Militar, Adonias Sadda, para tirar satisfação com a vítima, antes dos disparos. Em dois depoimentos à polícia, o policial afirmou que o tiro disparado contra o médico foi acidental.
Segundo o suspeito, Bruno Calaça teria tentado desamar ele com um chute quando, acidentalmente, apertou o gatilho. De acordo com o delegado Praxísteles Martins, o soldado afirmou ainda, que foi ao local da festa para tentar desamar uma pessoa.
Entretanto, o laudo do exame do corpo de delito feito no soldado desmentiu a versão apresentada pelo PM. O laudo mostra que não há compatibilidade entre a lesão apresentada pela PM e o relato prestado por ele.
Bruno Calaça, de 24 anos, foi baleado durante uma festa em Imperatriz na madrugada desta segunda-feira (26) — Foto: Arquivo pessoal
Bruno Calaça Barbosa, de 24 anos, estava recém-formado do curso de medicina. Ele fez faculdade em uma instituição privada, localizada em Porto Nacional, a 66 km de Palmas, capital do Tocantins.
Nas redes sociais, parentes de Bruno, que também fazem faculdade de medicina no Tocantins, lamentaram a morte e contaram o quanto ele estava feliz com a formatura.
"Você estava tão feliz com a sua formatura, quem te via, sentia sua felicidade, transbordar", escreveu Caio Calaça, em postagem no Instagram.
A Associação dos Estudantes de Medicina do Tocantins emitiu nota de pesar sobre a morte e destacou as qualidades do estudante recém-formado.
"Bruno era incrivelmente inteligente, era amigo de tantos, era irmão e filho. Um rapaz carinhoso que nunca brigava. Estava sentado antes de ser atingido no peito, por um disparo efetuado por um profissional militar que, aparentemente, não estava em serviço oficial. [...] Estava comemorando a sua formatura, empolgado com o futuro que tinha pela frente".
O Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC), onde Bruno estudou, também lamentou a morte. "Neste momento, nos unimos em oração à sua família e amigos para que essa perda possa ser compreendida com a esperança do conforto de Deus".